Depois da visita à Catena Zapata fomos direto para a bodega Terrazas de los Andes que foi uma das que mais gostamos. A história das Terrazas é parecida com a da Chandon & Möet, empresas pertencentes ao grupo francês LVMH (Louis Vuitton Möet Henessy). Depois de abrir a vinícula Chandon em Mendoza, o grupo resolveu investir em vinhos não espumantes e em 1999 restaurou uma antiga vinícula espanhola que havia sido fundada em 1898. Nasceu assim a bodega Terrazas de los Andes.
Assim que chegamos já fomos recepcionados com um a taça de Torrontés, o vinho destaque da bodega. Apreciamos a bebida enquanto esperávamos o início do nosso tour.
Iniciamos visitando a sala de barricas de carvalho onde acontece a fermentação dos vinhos. Havia no momento cerca de 3000 barricas. Os mostos fermentados em carvalho originam vinhos mais estruturados, complexos e suportam um maior envelhecimento na garrafa. Pode haver vinhos com parte fermentada em tanques de inox e parte em barril de carvalho, vinhos somente fermentados em barris de carvalho e os vinhos fermentados somente em tanques de inox.
A Terrazas foi uma das primeiras vinículas a difundir o conceito de altitude e microclimas ideias para cada tipo de uva. Por isso conta com terrenos (fincas) em Tupungato (1.200 metros), Vistalba (1.067 metros), Perdriel (980 metros) e Cruz de Piedra (800 metros), para produzir três linhas de vinhos (Terrazas, Terrazas Reserva e Afincado).
Depois seguimos para a sala de máquinas, onde as uvas são selecionas. Para os vinhos reserva são analisados cacho por cacho e uva por uva. As uvas devem ser processadas no mesmo dia em que foram colhidas. A uva é então esmagada para a liberação do mosto. Em seguida a parte sólida suspensa é separada da parte líquida.
A partir desse ponto o vinho segue para a fermentação em barris de carvalho ou em tanques de inox. Os vinhos jovens, que compõem a linha mais básica da bodega e que devem ser consumidos em até 2 anos da sua fabricação, são inteiramente fermentados em tanques de inox e não passam pelo barril de carvalho.
São produzidos 1.500.000 de litros de vinho por ano e cerca de 1.200.000 garrafas. Algumas garrafas são produzidas em número reduzido, como a linha top da reserva, os chamados ‘vinhos afincados’.
No final do tour fomos para o almoço gourmet harmonizado com vinhos servido na varanda da propriedade.
Começamos com uma entrada de parmesão com passas harmonizada com um Torrontés Reserva 2010. O vinho é bem refrescante com notas florais, de pêssego e pêra.
Em seguida foram servidos um roll de coelho com folhas verdes e redução de Pinot Noir, um ceviche de vieiras e camarões e uma salada de cuscuz marroquino, queijo de cabra e laranja.
O prato principal consistia em lomo de ternera com redução de Malbec e crocante de vegetais. Foi harmoniado com um Reserva Malbec 2009. Outro clássico da vinícula, este vinho descansou 12 meses em barril de carvalho francês e americano. Com uma linda cor violácea apresenta aromas florais de violetas e frutos negros como cerejas e amoras e um toque amadeirado.
Para a sobremesa foi servido um pudim de laranja com parfait de cardamomo e mel harmonizado com um Chandon Cuveé Reserva Chardonnay.
No final um chá delicioso.
E depois de tudo isso nada como relaxar nas cadeiras do jardim da bodega.
A Terrazas de los Andes está localizada entre a ruas Thames e Cochabamba em Perdriel, Luján de Cuyo que fica a aproximadamente 22Km de Mendoza. Para chegar lá é muito fácil, veja o mapa da região.
É possível organizar visitas com degustação na bodega, almoços ou até mesmo hospedar-se na casa de Visitas da Terrazas, um ambiente de muito bom gosto e aconchegante onde todos os quatros levam nomes de uvas como: Malbec, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot. Para reservar basta entrar em contato pelo email: visitor@terrazasdelosandes.com.ar.
BOA TARDE!
ESTAREI EM MENDONZA DAQUI A TRÊS SEMANAS E SEU POST ME DEIXOU MORRENDO DE VONTADE DE CONHECER A BODEGA. VC FORAM COM REMIS? MAIS OU MENOS QUANTO FOI A VISITA E O ALMOÇO? OBRIGADA
CurtirCurtir
Ana Paula, vi um pouco tarde seu comentário. Espero que tenha gostado da viagem, mas realmente nao me lembro o preço dos almoços nem do Remis, faz 8 anos que fui.Selene
CurtirCurtir