Nosso tour pelo Salar de Uyuni começou pelo Povoado de Colchani onde visitamos as ‘fábricas’ rudimentares de processamento de sal, onde além do sal, são vendidas as famosas esculturas de sal.
O sal é vendido na Bolívia e exportado para todo o mundo. Ao sal exportado é acrescentado iodo, mas o sal vendido na Bolívia não tem iodo e por isso muitos locais sofrem de doenças pela falta desse mineral. Seus grãos são grandes e similares aos do sal grosso.
Continuando a viagem chegamos aos Montones de Sal. O Salar contém 10 bilhões de toneladas de sal. Os locais retiram cerca de 25.000 toneladas por ano. O sal é retirado com pás e empilhado em centenas de ‘montones’ antes de serem colocados nos caminhões.
O Salar tem 120 metros de profundiade e os cientistas indicam que há 11 camadas de sal cada uma de 2 a 10 metros de profundidade.
O Hotel de Sal, hoje desativado, é outro ponto de visita no Salar há 30km de Uyuni. Paga-se para entrar e há uma lojinha de souvenirs no hall principal. Em frente há um local cheio de bandeiras, inclusive a do Brasil, ideal para tirar fotos.
Em certas partes do Salar, a água subterrânea atravessa as camadas de sal e brota borbulhando na superfície devido aos gases subterrâneos. Essas áreas são conhecidas como os Ojos del Salar e a água é dita como medicinal.
Em seguida, o local mais esperado: o próprio salar – com seus espelhos d’água onde andamos descalços, tiramos fotos malucas e nos divertimos muito com a palnície branquinha que emenda com o céu.
O salar de Uyuni é a maior planície de sal do mundo com cerca de 12.000 km² localizada nos departamentos de Potosí e Oruro no sudoeste da Bolívia. Há 40.000 anos atrás era um lago de água salgada que se formou pelo choque de duas placas tectônicas. O lago secou e deu origem ao deserto de sal.
A área do Salar é tão extensa que não é possível enxergar o fim dele. Devido à falta de horizonte cria-se uma ilusão de ótica nas fotografias: não há sendo de profundidade. O guia nos ajudou a montar as nossas fotos.
Outra ilusão é criada quando chove. Uma fina camada de água cobre o salar e o faz parecer um espelho que reflete tudo a seu redor. Se você anda sobre ele parece estar andando sobre as águas. A estação de chuvas vai de Novembro a Abril e é quando o tempo fica um pouco mais quente no lugar.
A área também é conhecida internacionalmente porque contém 140 milhóes de toneladas de litium. O governo boliviano pretende explorá-lo para exportação. Outro fato fascinante é que a NASA usa o Salar para calibrar satélites. A superfície do salar é tão estável e imutável que raios lasersão lançados dos satélites até a sua superfície para ajudar os cinetistas a calcular a distância entre ele e o satélite. Isso ajuda no estudo das mudanças climáticas. Veja mais informações nesse vídeo watch this 2-minute video
Fomos então à Isla Incahuasi, a ilha de cactos gigantes com mais de 1000 anos de idade. Os incas os plantaram para marcar o local de abrigo durante a travessia do salar. É uma ilha porque quando o salar alaga (50m) ela é realmente faz jus ao nome.
Lá é onde encontramos algumas das últimas vicunhas do mundo.
Depois de explorá-la, almoçamos no restaurante da ilha: sopa de quinua, batata frita, legumes e carne de lhama – estava louca para experimentar – é bem forte, mas gostosa.
À tarde retornamos ao hotel para apreciar o belo entardecer no Salar que tem o céu mais estrelado do mundo.