O dia amanheceu frio o que nos levou diretamente à Piazza San Marco no intuito de buscar abrigo da neve na espetacular Basílica de San Marco ou em um dos seus milenares museus.
A neve nos pegou pelo caminho o que nos deixou super ansiosos para subir na cúpula da Basílica e ver a Piazza toda branquinha. Que lindo foi!
A entrada na Basílica foi rápida, apesar da pequena fila para deixar as bolsas e mochilas no locker. Atualizaçao: Voltamos no verao com meus pais e a fila era gigantesca. Descobri que se pode fazer uma reserva pelo próprio site da Basílica e agendar um horário para a visita. Esse serviço custa 3 euros por pessoa e você pega uma fila bem pequena somente com as pessoas que entrarão no mesmo horário que você. Valeu muito a pena, principalmente para meus pais que não tiveram que ficar horas de pé debaixo de sol.
Mas esse serviço nao funciona no inverno. Só vale para quem vai viajar de Abril a Novembro. Outra opçao é visitar a basílica pela tarde, se você não se importar com o calor escaldante porque justamente por isso, a fila estará bem menor. Eu, pessoalmete, acordava cedo e conseguia fazer tudo até no máximo 14:00. A partir desse horário o calor era tão forte que, ou voltávamos para o hotel, ou, nos abrigávamos em algum lugar com ar condicionado e só voltávamos a sair no fim da tarde.
Como em Veneza se faz tudo a pé, além das distâncias percorridas, tanto o frio quanto o calor extremos devem ser considerados ao planejar sua viagem, com algumas paradas para descansar e recuperar-se.
A Basílica de San Marco é sede da arquidiocese de Veneza e data do ano de 828. Reune em seu exterioe e interior uma mistura de estilos: bizantino, romântico e renascentista, o mais presente na Itália.
A contrução da Basílica se iniciou assim que mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as relíquias de São Marcos Evangelista.
Por 2 Euros é possível apreciar o Palo D’oro onde repousam as relíquias de São Marcos. Um trabalho lindo em metal bizantino de 1105.
Diz a lenda que a energia de São Marcos ainda emana na Basílica e que muitos milagres até hoje acontecem.
Sob o altar está sepultado o apóstolo Marcos.
A visita ao Museu da Basílica custa 5 Euros e é extremamente valiosa. Além de acessarmos os detalhes da construção, admiramos de perto os painéis bizantinos e góticos das paredes da igreja, e confesso que ficamos embasbacados. Os mosaicos de ouro e pedras precisas são de tirar o fôlego.
A ansiedade era tamanha que acessamos de vez a Cúpula da Igreja, inspiração para tirarmos as mais bonitas fotos da Piazza de San Marcos.
A Piazza toda branquinha e “vestida” para o Carnaval Veneziano.
Recuperado o fôlego e com as luvas e botas ensopadas, confesso que depois da descida da Cúpula, tamanha era nossa alegria que dançamos na neve…. depois a opção foi secarnos em dos quatro museus de Veneza, espalhados pela Piazza.
A escolha não é fácil, cada detalhe nos fisga a conhecer cada um deles. Não resistimos e compramos logo o bilhete que acessa dá acesso aos quatro, na verdade compramos online com antecedência aqui e pulamos as filas gigantescas que se formavam na Praça debaixo de neve.
- O Palácio dos Dodge, achamos um dos mais encantadores com parte da arquitetura renascentista original do século XV.
- O Museu Correr, nos fascinamos com o ex-palácio de Napoleão e com os aposentos da Sissi, imperatriz austríaca. Escrevi sobre o Palácio dela na Áustria aqui.
As informações sobre a Arte e a História de Veneza são acuradíssimas.
- O Museu Arqueológico Nacional de Veneza exibe uma importante coleção de esculturas antigas que não impressiona tanto, principalmente a quem já visitou outros museus importantes.
- A Biblioteca Marciana, que nos impressionou, confesso, mais pela arquitetura do que pelos manuscritos apesar do impressionate mapa mundi de Fra Mauro, a maior relíquia da cartografia medieval.