Saímos cedo em direção à Estrada Paraty-Cunha que é o final da Estrada Real. Já tínhamos visitados outros trechos em Junho desse ano (Ouro Preto, Mariana e Tiradentes), mas não chegamos a descer até Paraty, que era o porto de escoamento do ouro para Portugal. Nosso hotel, inclusive, ficava ‘sobre’ a estrada, em uma parte em que ela foi desativada e a cidade construída. O portal, que hoje está na entrada da cidade, é uma réplica do portão original de entrada na Estrada Real, que fica no jardim do hotel. A sede da pousada era o posto policial de fiscalização do ouro!
Não percorremos toda a estrada, pois uma parte dela ainda tem calçamento original e requer assistência de um guia.
Aliás por essa estrada há uma infinidade de cachoeiras e Alambiques (depois do ouro, o segundo ciclo econômico de Paraty foi a cana de açúcar). Estacionamos em frente à escada de acesso à Cachoeira do Tobogã, uma das mais famosas e usada inclusive para surf. Dá pra pasar o dia ali, tudo no mesmo lugar tem cachoeira, restsurante, alambique e estrada do ouro.
Passamos a manhã, fomos ao Alambique Engenho D’ouro, que fica ao lado da cachoeira de frente à Igreja da Penha, fazer degustação de cachaças artesanais e visitar o processo de fabricação – depois de tirar o suco da cana, ele é aquecido de 60 a 85 graus (conforme o teor alcóolico desejado).
Esse vapor é resfriado em uma serpentina e vira líquido de novo, mas com álcool já. A partir daí, uma parte é envelhecida em barril de carvalho francês e outras são misturadas com folhas de tangerina (que dão sabor refrescante e tom azulado), cravo e canela (a famosa Gabriela) e caramelo.
Achei a visita bem legal, mas os preços, os mesmos do Centro Histórico, mas com uma aula de história de brinde e ainda é `possível fazer várias degustaçoes! Saímos de lá carregados rumo às belas praias de Trindade!