O Templo de Isis, originalmente localizado na ilha de Philae, atraiu peregrinos durante milhares de anos e foi um dos últimos templos pagãos em funcionamento depois da chegada do Cristianismo.

A originária Ilha de Philae ficava próxima à primeira catarata do Nilo em Assuã. Depois da construção da antiga barragem de Assuã em 1902, com o intuito de controlar as cheias do Nilo, o Templo passou a ficar inundado durante 6 meses do ano pelas águas do Lago Nasser, o que permitia aos viajantes navegar entre suas colunas parcialmente submersas para ver através da água os santuários dos deuses.

Depois da construção na Nova Barragem de Assuã em 19790, o Templo desapareceu completamente debaixo d’água. A Unesco então ordenou que o Templo de Isis fosse desmontado pedra por pedra e reconstruído 20 metros mais alto em uma ilha próxima chamada Agilika.

O culto a Isis em Philae se remonta ao século VII a.C. Existem construções de momentos anteriores ao período ptolomaico, mas as ruinas das construções mais importantes foram feitas pelos Ptolomeus durante 500 anos até o Reinado de Diocleciano (284-305 d.C.). Na época romana Isis era a deusa egipcia mais popular do Império e seguiu sendo adorada mesmo depois que Roma abraçou o Cristianismo.

Segundo a mitologia, quando Osiris se casou com Isis, seu irmão Set o assassinou e o cortou em vários pedaços distribuídos por todo o Egito. Isis recolheu o corpo do marido e se refugiou de Set na Ilha de Philae.

O Templo de Isis foi o último templo construído no estilo clássico egípcio. Para chegar até lá é necessário pegar um barco que te deixa perto de um pilar de 18m de altura, o primeiro com relevos de Ptolomeu XII aniquilando inimigos.

O pátio central está dedicado a Horus, o deus Falcão, filho de Isis e Osiris.

O segundo pilar conduz à Sala Hipóstila, com lindos capitéis.

Também fica clara a utilização do templo como Igreja Cristã, por conta das cruzes entalhadas em relevo junto aos hieróglifos e desuses egípcios.

Um pouco mais para frente há três vestíbulos que levam ao Santuário de Isis. Nele havia duas capelas de granito, uma com uma estátua de ouro de Isis e outra com o barco em que a estátua viajava.



No pier romano está a Porta de Diocleciano junto às ruinas do Templo de Augusto.

Em seguida chegamos ao Templo de Hathor, decorado com relevos de músicos e de Bes, o deus dos nascimentos.


Ao sul fica a Porta de Trajano pintado com frequência por artistas vitorianos e considerado a obra mais bonita do Templo. Trata-se de um edifício retangular com 14 colunas com capitéis em forma de flor. Os muros mostram imagens do Imperador Trajano queimando incenso em homenagem à Isis e Osiris e realizando oferendas à Isis e Horis.


A Porta de Nectanebo fica na parte sudoeste da ilha e conta também com quatorze colunas coroadas com a cabeça da deusa Hathor. Os muros também lhe mostram fazendo oferendas aos deuses.
