Assua · África · Egito

Egito: Templo de Kom Ombo e Museu do Crocodilo em Assuã

No segundo dia do nosso cruzeiro pelo Nilo, fomos conhecer o Templo de Kom Ombo em Assuã.

O templo está rodeado por campos de cana de açúcar, dos quais vivem os camponeses e o núbios que agora por ali estão depois da construção do lago Nasser.

A principal atração da região é o Templo de Kom Ombo dedicado a Horus – o deus Falcão – e a Sobek – o deus Crocodilo. Também anexo fica o Museu do Crocodilo.

Antigamente Kom Ombo era conhecido como Pa-Sebek (terra de Sobek) – o deus Crocodilo da região. Ele passou a adquirir mais importância no período ptolemaico, tornando-se capital do alto Egito, base militar e centro comercial entre Egito e Núbia para ouro e elefantes africanos trazidos da Etiópia.

A dupla adoração aos dois deuses – Horus e Sobek – se deu porque os habitantes da região passaram a não gostar de ser associados a um deus mau. Então, para resolver o problema, agregaram um segundo deus, o Horus, ao templo. Essa dualidade se reflete na existência de duas entradas iguais, duas salas hipóstilas e dois santuários, todos perfeitamente simétricos. A parte esquerda do templo está dedicada ao deus Horus e a parte direita ao deus Sobek.

Assim como no templo de Isis, em Kom Ombo também houve algumas construções anteriores, mas as principais construções foram feitas por Ptolomeu VI e a decoração foi levada a cabo por Ptolomeu XII, o pai da Cleópatra. A infiltração subterrânea das águas do Nilo danificaram parcialmente o Templo, principalmente no tocante às construções romanas do pátio de entrada.

Ptolomeu XVII, deus Horus, deus Sobek e a deusa Isis

Logo ao entrar no pátio avistamos paredes cheias de relevos dos dois deuses.

Um pouco mais para frente encontramos as Salas Hipóstilas exterior e interior. A exterior exibe 10 colunas. Os capitéis ora representam o papiro, símbolo do baixo Egito e ora a flor de lótus, símbolo do alto Egito.

Na Sala Hipóstila interior vemos relevos mostrando o nascimento de Ptolomeo VII recebendo a chave da vida eterna da Raettauy com cabeça de Leão, sendo observado por Isis, Horus e Nejbet, a deusa abutre.

Também o vemos recebendo a vida eterna por Nejbet, a deusa abutre, que como vimos, ao lado do deus Crocodilo, era adorada na região do baixo e alto Egípcio e por Wadjet, a deusa Serpente da proteção.

Mais para frente, três ante salas com entradas duplas conduzem aos Santuários de Sobek e Horus, a área mais emblemática do templo.

Nessa área também fica um fosso secreto que era usado pelos sacerdotes para responder aos peregrinos com “voz dos deuses” para amedrontá-los e forçá-los a fazer as oferendas que estão retratadas em várias paredes.

Tabela de oferendas

Nos santuários estão as pedras onde costumavam ficar as estátuas dos deuses.

Na parede do corredor externo estão retratados instrumentos cirúrgicos que já eram usados pelos egípcios, inventores do procedimento cirúrgico, e que também eram usados em cerimônias. Ali também se localizava um pequeno hospital da época.

Isis e Nefertiti no consultório médico

Perto da entrada há um Templo dedicado à Hathor, a deusa vaca da fertilidade e uma pequena maternidade com os desenhos de mulheres dando a luz.

O caminho que deixa o complexo leva ao Museu do Crocodilo que guarda uma coleção de múmias de crocodilos daquela época em homenagem ao deus Sobek.

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