Fizemos um bate e volta à Milão a partir de Veneza e ainda encaixamos Verona na parte da manhã. Não ficou apertado em nenhuma das cidades, vimos tudo o que queríamos com calma e ainda ficamos fazendo hora para pegar o trem de volta.
As duas únicas coisas que eu queria ver em Milão era o Duomo e a pintura da última ceia no Cenácolo Vinciano. Comprei o ingresso online para o único dia que ainda havia disponibilidade, é preciso comprar com no mínimo um mês de antecedência, para o único horário às 15:30.
Saímos de Verona por volta das 11:30 e, como estávamos adiantados pegamos um trem antes do nosso horário. Adivinhe? O controlador fez a gente descer e esperar o nosso trem. Esperamos e quando nosso trem passou, nos distraímos e perdemos…
Pegamos o próximo que era um pinga pinga e fomos de pé até Milão. Chegamos em cima da hora, às 15:00, pegamos um táxi até o Cenácolo Vinciano e quando chegamos o grupo tinha acabado de entrar na antiga capela onde está a pintura. A recepcionista nos liberou e conseguimos entrar! Ufa! ‘A Última Ceia’ de Leonardo da Vinci estava nos esperando.
E valeu a pena porque a pintura é original e linda. Na capela (Igreja Santa Maria delle Grazie) não há nenhuma explicação, é só um momento de contemplação que acho que dura uns 5 minutos e fotos são proibidas. Essa capela foi totalmente destruída durante a 2ª Guerra Mundial e somente essa parede onde está a pintura, foi protegida com sacos de areia pelos monges e sobreviveu inteira.
Na saída há uma lojinha de souvenirs em que se pode comprar posteres da gravura. Dali seguimos a pé pelas ruazinhas apreciando sua arquitetura que em muitos momento me lembrou Paris.
Paramos para um ‘gelato’ na sorveteria mais ‘aprovada’ pelos milaneses, a Grom.
De lá seguimos caminhando até a Piazza del Duomo, que é enorme e todo revestido de mármore carrara. Sua construção levou quase 500 anos e só ficou pronta por volta de 1800. Ela é conhecida como a “floresta de Milao”, pois as suas pontas parecem as pontas de árvores.
Seu interior guarda cinco naves de 45 metros cada.
A seu lado fica a não menos conhecida Galeria Vittorio Emanuelle com lojas de grife e cafés elegantes. É uma das galerias mais antigas do mundo, construída em 1864 quando recebeu o nome do primeiro rei da Itália.
Uma tradição que dizem trazer sorte e te fazer regressar à cidade e girar o calcanhar nas bolas do touro pintado no chão.
À noite tudo fica mais bonito ainda e iluminado. A dica é subir no terraço do Duomo e admirar os vitrais da galeria. Ao atravessar a galeria você sai em frente o Teatro alla Scala, uma das óperas mais bonitas do mundo. Se for temporada e você for dormir em Milao, vale a pena assitir à uma de suas producçoes.
De lá fizemos a tentativa frustada de comer as fogazzas do Luini Panzerotti, que estava fechado então partimos para o Quadrilátero da Moda (estação Balila do metrô) onde estão reunidas todas as marcas famosas do mundo.
Pra quem gosta de museu também é possível visitar a Pinacoteca de Brera com importantes obras de Rafael. Outro ponto interessante é o Castelo Sforzesco ao lado da estação de metrô Cardona, a mesma que dá acesso ao Cenácolo Vinciano, que também abriga um museu de artes.