Para chegar ao Vaticano a estação de metrô mais próxima é a Octaviano. Chegando lá andamos mais uns 10 minutos seguindo o fluxo da multidão que também estava indo para lá. A dica principal é já fazer a reserva do bilhete online para o Museu do Vaticano, que é onde fica a Capela Sistina.
Na verdade, você nao compra o bilhete online, mas faz uma “reserva oficial”. Com essa reserva, você pula toda a fila de entrada e vai direto para a bilheteria, pois os bilhete só podem ser comprados lá. Quando você chegar lá e ver o tamanho da fila, vai me agradecer por ter feito a reserva online. Vai por mim!
Mas antes de visitar o Museu, comece sua visita pela Basílica de Sao Pedro, que será sua primeira parada vindo do metrô. Chegue cedo para pegar uma fila de tamanho razoável e prepare-se para passar pelo detector de metais e, importante, leve um lenço ou echarpe grande para cobrir os ombros ou pernas, se estiverem de fora, senao nao te deixam entrar.
Ela abarca uma área de 2,3 hectares é tem o maior espaço interno de uma igreja cristã no mundo. Ela foi construída de 1506 a 1626 por ordem do Papa Julio II. A basílica se encontra exatamente no lugar onde São Pedro foi enterrado, um dos 12 apóstolos de Jesus e primeiro bispo de Roma. Estudo indicam que a sepultura do Santo está abaixo de onde fica o Altar Maior.
A imensidão do lugar impressiona, assim como os afrescos dourados e estátuas e o proeminente altar esculpido em madeira e adornado com ouro.
No ano 64, durante o reinado de Nero, os cristãos foram responsabilizados pelo grande incêndio de Roma. Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido seu, porque se achava indigno de morrer da mesma maneira que Jesus, junto do Obelisco Egípcio que hoje se encontra no centro da Praça de São Pedro. Esse obelisco foi trazido por Calígula no ano de 37 d.C. e hoje é venerado como testemunho da morte do apóstolo.
Os restos de São Pedro foram trazidos para a Colina Vaticana a menos de 150 metros de onde ele morreu. Sua tumba estava marcada com uma cruz vermelha que servia para que os cristãos o identificassem.
Ao entrar na na Basílica, logo do lado direito está a Pietá, esculpida por Michelangelo aos 23 anos. Estávamos lá, admirando a perfeiçao da obra, mesmo sabendo que se trata de uma réplica, pois a original está guardada no subsolo da basílica desde quando um maluco tentou destruí-la com uma marreta e acabou danificando a obra, quando de repente nos demos conta de que do nosso lado estava o Nando Reis, do Titas, com seu guia particular.
Dentro da Basílica há 45 altares e 11 capelas que guardam grandes e valiosas obras, entre elas a Estátua de Bronze de São Pedro de Arnolfo di Cambio.
Do lado oposto do altar, está o altar de São Sebastião onde está a entrada para o subsolo da basílica onde estão os túmulos dos antigos Papas, inclusive o do João Paulo II e do apóstolo Pedro, ou Sao Pedro. Deixe essa entrada para o fim, pois você sairá da Basílica no final.
Justo onde começa a fila para visitar a Cúpula que te dará vistas incríveis da Praça Sao Pedro. Em cada uma das colunas que circundam a praça está a figura de um santo encomendados por João Paulo II como Santa Teresa, Santa Catarina e São Gregório.
Também é possível subir até a cúpula, mas como nosso horário para o Museu do Vaticano era às 10h30 pulamos essa e fomos direto procurar a entrada para do museu. Mas antes disso, nao deixe de passar no Correio do Vaticano (ainda na Praça Sao Pedro, do lado direito de costas para a Basílica) e mandar um cartoes postais, ainda que seja para você mesmo, com o selo papal!
A graça toda está em colocar as cartas na Caixa de Correio do Vaticano, feita em ferro forjado, super tradicional e antiga! Para os amantes de história como eu, é um prato cheio.
Nessa hora paramos para comer alguma coisa antes de seguir para o museu. Evite qualquer coisa ao redor da Praça Sao Pedro, pois você será “assaltado” em qualquer restaurante como nós fomos. Os cardápios nao tem preço e servem pratos tao simples que nem pensamos em perguntar quanto custava um simples saladinha; em resumo: 120 euros para 4 pessoas gastos em 2 saladas e 2 pizzas bem meia boca! Coma nos restaurantes próximos à entrada do museu que tem preços normais e acessíveis.
O museu fica a uma distância de 1km caminhando a partir da Praça São Pedro contornando a muralha que cerca a cidade. É só seguir o fluxo. Tem um restaurantezinho bem razoável bem em frente do outro lado da rua, que dá para quebrar o galho se você estiver morrendo de fome.
No museu há uma série de ‘galerias’ como o Museu Egípcio, o Museo Grego com a maior coleção fora da Grécia, alguns aposentos Papais pintados por Rafaello e Donatello até chegar à Capela Sistina que é a última galeria e também é onde acontece o Concílio Papal.
O lugar fica lotado e fotografias são estritamente proibidas. Uma visita ao Vaticano pode tomar facilmente o dia todo, se você quiser entrar em todas as alas e ver cada detalhe. Nós fizemos em uma manhã tranquilamente sem ficar muito tempo dentro de cada galeria.
Saindo do museu, seguimos pela Via della Conciliazzione até a Piazza Adriana onde fica o Castello Sant’Angello, construído em 135(!) pelo imperador Adriano como fortaleza e maosoléo pessoal. Depois passou a ser fortaleza Papal. Durante a grande peste que assolou a Europa em 595 o então Para Gregório I afirmou ter visto uma aparição do arcanjo Gabriel sobre o topo do castelo anunciando o fim da epidemia. Para celebrar essa aparição, uma estátua do anjo coroa o edifício. Além disso a Ponte Sant’Angello em frente ao castelo é decorada com estátuas de 12 anjos.
Continuamos o percurso natural até a Piazza Navona, uma das mais famosas de Roma e originalmente construída como um antigo estádio da Roma Antiga.
É cercada por palácios barrocos e luxuosos café e abriga três fontes: uma central, a Fontana dei Quatro Fiumi, considerada uma das mais complexas e caras criada por Bernini. Ela representa quatro rios – o Danúbio, o Ganges, o Nilo e o Rio de la Plata.
Em frente fica a Fontana di Neptuno construída por um rival de Bernini e na ponta sul a Fontana del Moro exibindo estátuas de quatro tritões e um quinto tritão cavalgando um golfinho. A base foi confeccionada com um mármore rosa especial.


Deixamos a praça em direção ao Pantheon, que é o único edifício da época greco-romana que se encontra em perfeito estado de conservação, foi construído como um templo dedicado aos deuses do Pantheon Romano.
Até hoje o Pantheon continua sendo a maior cúpula de concreto do mundo e foi copiada numerosas vezes por vários arquitetos. É o edifício romano mais conservado porque serve esteve em uso como igreja atualmente com o nome de Santa Maria Rotonda.
Na Piazza dei Pantheon ou Piazza della Rotonda, há vários restaurantes e foi lá que comemos uma pizza super gostosa na Pizzeria Il Capriccio.
Seguimos pela Via dei Seminario até a Piazza di Pietra onde fica o Templo de Adriano.  
O Templo de Adriano foi construído no ano 145 d.C. Em homenagem, claro, ao Imperador Adriano. Hoje só se conservam 11 colunas coríntias de 15 metros de altura cada uma que foram incorporadas a um edifício do século XVII que funcionava como a Bolsa de Roma.