Luzern é uma cidade de colonização alemã e tem todos os estereótipos que você espera de uma viagem à Suiça (veja o roteiro completo aqui): é rodeada pelos Alpes, tem arquitectura medieval e um lago enorme navegável e de água potável.
É considerada uma das cidades mais bonitas da Suiça e tem uma localização excelente (no meio da Suiça) para servir como base para vários passeios bate e volta às montanhas de Pilatus, Titlis e Rigi.
Também pode ser base para visitar outras cidades Suiças: fica a 20 minutos de Zurique e 1h30 de Berna.
É uma ótimo ponto de partida para visitar a parte francesa do país em trem com o Golden Pass ou de carro mesmo. São cerca de 2 horas de viagem. O mesmo tempo você levará até a parte italiana, para a cidade de lugano.
Além disso, é a porta de entrada para explorar os Alpes de carro ou em trem com o Expresso Polar, o trem panorâmico que passa pelas paisagens mais bonitas do país.
A viagem pode ser até Interlaken, cidade base para conhecer a montanha de Jungfraujoch (top of Europe), considerado o ponto mais alto da Europa. Para lá parte o trem mais alto (e caro) do mundo, que te leva para o topo da montanha onde está a estação de esqui com shoppings e museu de gelo. Interlaken também é base para outros bate e volta fofos para as cidadezinhas de Grindelwald, Thun, Spiez, Wegen ou Schilthorn.
Outra opção a partir de Luzern, é chegar até Zermatt, um pouco mais ao sul, base para conhecer o Observatório 360• de Gornegrat e a Matterhorn, aquela montanha da embalagem do chocolate Toblerone. Leia sobre nosso roteiro aqui.
Chegamos a Luzern em trem a partir de Basel.
Na saída da estação também haviam vários ônibus, para várias partes da cidade e inclusive para o aeroporto. É só olhar as placas com os destinos e comprar o ticket na maquininha ao lado do ponto de ônibus.
Logo em frente à estação de trem, fica o escritório de turismo de Luzern. Passamos para pegar um mapa da cidade (no hotel também nos deram um mapa) e o Visitors Card, que dá direito a descontos em mais de 70 atraçoes na cidade para quem se hospedar pelo menos 1 noite na cidade. O cartão é grátis.
Começamos o passeio pela orla do Lago Luzern, que no verao estava cheio de cisnes, barcos e rodeados por deliciosas barraqinhas de sorvete.
Desse local saem diversos passeios de barcos pelo lago, com paradas em cidadezinhas fofas como Weggis (que abrigou a selecção brasileira de futebol em 2006) e Brünen. Se você comprou um Swiss Pass, o passeio de barco sai grátis.
A próxima parada foi na Kapellbrücke, uma ponte de madeira de 1365! Recebeu esse nome de “Capela” por causa da Igreja de Sant Peter que fica ao lado.
Caminhe pela ponte, curtindo o visual do rio Reuss, mas não deixe de olhar para cima: há mais de 112 pinturas no teto, entre as vigas de madeira que representam cenas da história do país e dos santos patronos da cidade – Saint Leodegar e Saint Maurice.
As pinturas são frequentemente restauradas, mas algumas ainda estão faltando devido a um incêndio que a ponte sofreu no século XVI.
Ao lado da ponte, como formato octagonal fica uma torre de água (que já foi uma prisão e câmara de tortura) construída no século XIV e que junto com a ponte são “marca registrada” da cidade.
Logo ao lado está a Igreja Jesuíta (Jesuitenkirsche) construída para os jesuítas em 1666. Por ter estilo barroco, lembra bem as igrejas de Ouro Preto, não?
Atravessamos a ponte, e como era quase hora do almoço, escolhemos um dos restaurantezinhos ao longo do rio, com óptimas vistas da ponte e da Igreja para tomar um vinho e curtir o visual.
A barragem de madeira que controla as águas do lago fica logo atrás da ponte e funciona com um sistema de toras de madeira que variam em quantidade conforme a vazão da água.
Subimos as escadas ao lado da prefeitura e chegamos à Rathaus Platz onde está a famosa torre do relógio. A prefeitura tem sua própria cervejaria, a Rathaus Brauerei.
Seguindo pela Kornmarkt, começam a sugir diversas casinhas antiga decoradas com pinturas, uma mais linda que a outra.
Continuamos nos perdendo pelas ruazinhas, mas com destino certo: a Hofkirche, o Mosteiro dos Beneditinos, no final de uma longa escadaria. Antes de entra na Igreja, do lado esquerdo há um lindo presépio e um cemitério que parece um jardim.
Nossa próxima parada foi a Muralha da cidade e as Torres Musegg. Lauzern é uma das únicas cidades que ainda conserva sua muralha praticamente intacta. A entrada é gratuita, inclusive para subir nas torres e a vista da cidade é irresistível.
Dali caminhamos um pouco até chegar no Löwendenkmal, o monumento ao Leão Moribundo, esculpido em homenagem aos soldados suíços mortos na Revolução Francesa.
Continuamos nos perdendo e saímos na Weinmarkt. Essa praça é parada obrigatória por ter as mais belas pinturas nas fachadas, uma árvore “Linden” centenária e uma fonte belíssima em homenagem à Saint Maurice.
Terminamos na Spreuerbrücke, a ponte de palha construída em 1300 ao lado de um moinho e do antigo sistema de bombeamento de águas usado pelos beneditinos. Essa ponte também carrega lindas pinturas na parte interna.
De lá se avista um antigo castelo que agora é o Hotel Chateau Gütsch.
À noite voltamos para o centrinho, na beira do rio, e jantamos uma autêntica batata Rosti com direito a bacon e queijo extra no Wirtshaus Taube.