A cidade alta de Bruxelas é separada da parte baixa uma colina. Essa área era lar dos reis e aristocratas com muitas igrejas góticas, arquitetura moderna e museus.
Para pegar o elevador que leva à parte alta vá até a Place du Grand Sablon que fica na encosta da escarpa que divide a cidade em dois como se fosse um trampolim entra as duas metades. Continue pela Rue de la Régence até avistar o elevador. Você sairá em frente ao Palácio de Justiça no bairro de Marolles.
O Palácio começou a ser construído em 1883 e levou 20 anos para ficar pronto. A visitação é gratuita.
A palavra marolle que dá nome ao bairro vem de uma ordem de irmãs que por ali viviam. Seu centro está na Praça du Jeu de Balle famosa pelos seus brechós e mercado de pulgas. Também tem movimentados barzinhos e restaurantes com mesinhas nas calçadas.
Na Rue Haute ainda é possível ver as ruínas da muralha que cercava a cidade.
Olhe para a esqueda e terá uma linda vista da parte baixa da cidade.
Aproveitamos para caminhar pela Avenida Louise que foi construída em 1864 para ligar o centro de Bruxelas com o subúrbio. Aqui leia-se subúrbio literalmente como fora do centro e não com áreas menos ricas, pois pelo contrário esta é uma das avenidas mais chiques da cidade e com jóias arquitetônicas como de Victor Horta, um dos mais famosos arquitetos belgas, como o Hotel Solvay no nº 224 e o Hotel Max Hallett no nº 346 que é considerado seu ‘materpiece’.
De lá pegamos o metrô (estação louise) até o Quarteirão Europeu (estação Schuman) onde estão os prédios administrativos da União Européia. O mais famoso é o edifício em forma de cruz, o Berlaymont que abriga a comissão européia.
O Parc du Cinquentenaire fica bem em frente e foi construído pelo Rei Leopoldo II, no aniversário de 50 anos da fundação de Bruxelas, em 1880, com o objetivo de realizar uma grande exposição parecida com a Feira Mundial de 1958 que gerou o Atomium.
Todas as ‘avenidas do parque’ são margeadas por árvores onde os executivos da União Européia aproveitam para almoçar debaixo do solzinho. Vimos várias pessoas de terno, sentados no chão, comendo seus lanchinhos.
O Arco do Triunfo é o monumento mais bonito, na minha opinião, e foi criado para ser a entrada da cidade.
Lá também tem uma mesquita árabe de 1880, o Museu Real da Arte e da História, do Automóvel e da História Militar.
A partir do parque você tem duas opções: subir para a Praça Ambiorix que é uma das mais elegantes áreas residenciais de Bruxelas com mansões em estilo Art Nouveau (a casa de nº 11 é imperdível), jardins e fontes ou ir em direção ao Parlamento Europe e Place du Luxemburgo. Ou fazer as duas coisas!
Da Praça Ambiorix caminhamos até o Parlamento Europeu passando pelo Parc Leopold, criado no século XIX e que abriga algumas instituições científicas.
O Parlamento Europeu tem três bases: Estrasburgo, na França, é a sede do Parlamento Europeu, Bruxelas sedia a maioria das atividades das comissões parlamentares e Luxemburgo abriga a parte administrativa. Esta situação foi estabelecida na Cimeira de Edimburgo, em 1992, e no Tratado de Amesterdão (1999) por razões históricas, leia aqui.
Em resumo o Parlamento ‘toma conta’ e decide sobre os assunto da Comunidade Econômica Europeia (CEE).
O que visitar
Há dois tipos possíveis de visita: ao Hemiciclo, onde acontecem as sessões plenárias e ao Parlamentarium, um centro de visitantes multimídia. Ambas são gratuitas.
Quando visitar
As visitas individuaias ao Hemiciclo podem ser feitas de segunda a sexta, de segunda a quinta às 10:00 e às 15:00 e de sexta às 10:00. Para grupos é necessário agendar aqui.
As visitas ao Parlamentarium podem ser feita todos os dias (incluindo finais de semana) das 10:00 às 18:00.
Como fomos sexta à tarde somente visitamos o Parlamentarium e é muito legal. Todo multimídia, ele vai contando a história da formação da União Européia e o seu impacto no nosso dia a dia.
Em uma tela multimídia 360º você aprende como funcionam as sessões do parlamento, quem são os 735 deputados e como são eleitos.
Também através de telas virtuais e áudios descobre-se a contribuição da União Europeia para cada um dos países através de dispositivos tácteis 3D que você desloca e coloca sobre o país que gostaria de receber informações.
Saímos de cara com a Place du Luxembourg ou Plux que é uma área super nobre da cidade. A praça é forrada de restaurantes e bares que lotam suas largas calçadas com alguns bancos e lojinhas.
Nessa praça tem um Carrefour Express que vende várias marcas famosas de chocolates e cervejas belgas por um preço bem menor que nas lojas próprias. No centro dela está a estátua de John Cockerill, um famoso industrial belga do século XIX.
Voltamos para o nosso hotel (maravilhoso!), que fica na beirada da cidade alta e a baixa, muito próximo do Palácio Real, leia sobre ele aqui, caminhando e revisanto alguns pontos do dia anterior como a Place Royale e Palácio Real, o Mont des Arts e fechamos a noite em um bistrot super charmoso do lado do nosso hotel, o Le Mangeoire Maison Gourmande com muito queijo e vinho francês!
Veja nosso roteiro no Google Maps: