A coisa que eu mais comi na Argentina não foi carne, mas sorvete! E olha que eu não sou muito chegada no doce, mas ir à BsAs para mim, significa me afundar no Freddo.

Em cada canto há uma Sorveteria “Freddo” (de 10 a 20 pesos), sabores e texturas ótimas, dignas de um Häagen-Dazs.
Peça um copinho ou escolha um “cucurucho” (casquinha). Os meus sabores favoritos são Frutos del Bosque (levei 2 anos, mas descobri que a La Basque faz este sabor no Brasil – Iogurte com Arándanos – é igulazinho), Chocolate Freddo (com avelãs), Chocolate Suiço (con dulce de leche e pedacinhos de chocolate) e o imbatível Dulce de Leche (não existe igual).

Atualmente, a nova onda portenha é ir à sorveteria Persicco e não mais ao Freddo, umas das “heladerias” mais famosas do país.

As lojas são mais bonitas, mas o sorvete é praticamente o mesmo. Os sabores campeões são: o Mascarpone com frutas vermelhas, o de Banana (imperdível), Manga e Durazno-naranja. Como você pode perceber, os sabores da Persicco são mais elaborados, os do Ferddo, mais tradicionais.

Os donos do Persicco são descendentes dos fundadores do Freddo. Em 1999, o Freddo, que era um negócio familiar, foi transferido para um grupo multinacional. Foi criada, então, uma cláusula que impedia que a família entrasse no ramo de sorvetes por 60 meses.

No ano passado, foi aberto o Persicco. Provocação ou não pela queda da qualidade do sorvete do Freddo, no menu do novo concorrente está escrito: “porque o sorvete tinha de voltar a ser rico”.
Para ter idéia da realeza do sorvete, o paladar dos convidados no casamento do príncipe de Astúrias, Felipe de Borbon, com a jornalista Letizia Ortiz foi adocicado com o gelado argentino. Chique, né?

Persicco – Em Palermo: Salguero 2.591; em Caballito: Rivadavia 4.933; em Belgrano: Migueletes 868; Freddo: av. Callao 1.410.