Quem me conhece deve estar estranhando o título do post poque sabe que eu não gosto de city tours e não sou adepta de excursões. No entanto, em Cusco, o city tour é um dos passeios básicos, porque não mostra a cidade, mas alguns sítios arqueológicos nos arredores da cidade e que eu achei muito difícil chegar de carro. Segunda a ‘regra’ turística de cusco a ordem dos passeios básicos que se deve fazer lá segue uma ordem de acordo com a beleza das paisagens: City Tour, Vale Sagrado e por fim Machu Picchu.
Comprei todos os passeios na agência do meu hostel e não esqueci de levar o boleto turístico, essencial para entrar nos sítios. O city tour pode ser feito na parte da manhã ou da tarde e dura cerca de 4 horas. Custou S. 25 por pessoa. Escolhemos fazer de tarde e, ainda bem, porque choveu a manhã toda e depois do almoço o céu abriu e o dia ficou ensolarado.
Cusco está situada a 3.400 metros acima do nível do mar (haja folhas de coca e soroche pills rs) e é cercada por montanhas e vales. Tem uma população de 300.000 habitantes, a maioria indígena.

Como antiga capital do Império Inca é a cidade continuamente habitada mais antiga do continente e logo se nota o legado do Império: a maioria das ruas está alinhada com os muros de pedras construídos pelos Incas e os nomes da ruas são quase todos quéchua, idioma falado pelos descendentes dos Incas.

O guia nos direcionou então para a entrada da Catedral Colonial de Cusco que guarda mais de 400 pinturas da escola cusqueña.



A construção da Catedral iniciou-seme 1560 e durou mais de 100 anos. Os espanhóis a levantaram sobre um castelo Inca com os blocos de pedra da fortaleza de Sacsayhaumán.

A Catedral é enorme e conta com 11 altares ou capelas.


Como uma provocação, os indígenas usados como mão-de-obra deixaram suas marcas na construção. Na répresentação da íltima ceia, Judas Iscariotes aparece com o rosto do conquistador espanhol FRancisco Pizzaro, e o prato servido ao centro da mesa é o ‘cuy’ assado, espécie de porquinho-da-índia muito apreciado em Cusco na época dos Incas.

No coro também podemos observar que os assentos trazem detalhes que remetem à Pachamama (mãe natureza). A obra é um dos maioresexemplos de arquitetura colonial da cidade e da chamada Escola Cusquenha de Pintura que mistura o barroco europeu e a arte andina.

Em seguida visitamos o Templo do Sol, o principal centro religioso dos Incas, dedicado ao Sol.


Qorikancha significa templo dourado, pois de acordo com seus estudiosos as paredes eram todas revestidas em ouro.


Esse templo foi construído pelo imperador Pachacuti e as paredes são feitas de pedras polidas e encaixadas perfeitamente. Foi destruído pelos conquistadores espanhóis que sobre ele construíram uma igreja. Contudo, o grande terremoto de 1950 destruiu a construção dos padres dominicanos e expôs o Templo do Sol que resisitiu firmemente ao terremoto graças às técnicas incas de construção.




Daí seguimos de ônibus para visitar as ruínas a cerca de 8km de cusco: Sacsayuamán, Q’enqo, Puka Pukara e Tambomachay.

O primeiro lugara visitado é Sacsayhuamán (leia-se sexywoman rs) a 2 km de Cusco. Ao chegar avistamos uma construção inacreditável com pedras gigantes encaixadas umas sobre as outras. Por isso, por muito tempo acreditou-se que se tratava de uma fortaleza inca.

De acordo com as teorias atuais, Sacsayhuamán era um local sagrado dedicado ao culto do Deus-Sol e um centro astronômico onde estavam os maiores pensadores da época.



Mantendo a tradição, em todo solstício de verão é celebrado o Inty-Hayme, festa sagrada em homenagem ao Deus-Sol.
