Desde que decidimos que iríamos â Fez, coloquei na cabeça que queria fazer um banho turco nio Marrocos. Já tinha lidos em alguns blogs sobre pessoas que haviam tido a experiência em Istambul e desde entao fiquei super curiosa para testar no Marrocos.
Chegando ao hotel pedi a indicação de algum lugar legal e o dono foi super atencioso e nos explicou que existiam os banhos públicos e os privados que são geralmente feitos em spas.
Nos banhos públicos, logo na entrada é entregue um balde com uma luva/ bucha chamada Kassa e o Beldi que é um sabão preto em pasta típico do Marrocos que não faz muita espuma e é rico em vitamina E que exfolia e hidrata a pele. Homens e mulheres dividem uma sala de banho grande e ou você mesmo se lava ou se forem em duas pessoas o ideal é que um lave o outro.
Nós optamos pelo banho particular e o dono do hotel nos indicou o Palais Medina & Spa que ficava a passos do nosso Dar (hotel).
O Hotel por si só já é uma experiência digna das Arábias, ambiente 5 estrelas com jardins enormes, colunas impetuosas e cômodos feitos inteirinhos em mármore e com decoraçao com ouro. De cair o queixo.
O Spa então é super luxuoso. Todo em mármore Carrara, a meia luz azul e dividido em vários “lounges” de banho, sauna, massagem e relaxamento.
No vestiário roupões e chinelos para cada um.
Não fizemos reserva, mas se quiser pode pedir para o hotel fazer a reserva para você. As funcionárias do spa não falam Inglês então você terá que se virar em francês ou na mímica mesmo.
Elas te encaminham ao vestiário onde você deixa sua roupa e coloca roupão e chinelos do spa. Nós fizemos em casal e estávamos sozinhos, então acredito que eles não agendem pessoas estranhas no mesmo horário, afinal você fica para lá e para cá praticamente pelado, usando um tamanco de madeira especial para não escorregar no mármore molhado (e difícil de andar pacas!) e uma calcinha descartável.
O banho começa com uma sauna a vapor para deixar a pele quente e úmida. Não tirei fotos do processo por motivos óbvios: não me deixaram entrar com celular! Peguei as fotos do site hammamluna.com que sao bem parecidas com o que vivemos.
Depois de uns 15 minutos elas te chamam para o quarto de banho em que você fica deitado em uma cama de massagem e elas te passam o sabão preto, o Beldi, feito de óleo de oliva e pasta de azeitonas pretas (foto do início do post).
Em seguida, entra a mega exfoliação com a bucha Kassa para remoção das células mortas, nem o rosto escapa – e nem os cabelos. Não achei tão forte quanto havia lido, acho que a minha ‘lavadora’ foi boazinha porque o Rogério saiu de lá vermelho.
Ficamos imaginado que esse banho deve ter sido inventado para tirar a sujeira dos guerreiros que passavam meses sem tomar banho nas guerras.
Depois ela te enxagua e enxuga e te encaminha para a sala de descanso onde é servido um chá de ervas e água mineral.
Eu arrematei a experiência com uma bela massagem com óleos relaxantes e que sáo vendidos no próprio Spa. Saímos de lá renovados.
Nos jardins do lado de fora, uma bela vista da Medina.
À noite nos arriscamos e saímos sozinhos para procurar um restaurante de comida típica marroquina. De início queríamos jantar no Palais Farraj, mas um menino marroquino – esse meninos te abordam o tempo todo querendo te ensinar os caminhos (porque ninguém consegue andar sozinho naquela Medina) – nos convenceu e fomos com ele até um restaurante super legal, que fica em uma casa – Dar – tipicamente marroquina com um terraço no terceiro andar com uma vista aérea incrível de toda a medina, o Restaurante Riad Louna.
Foi uma super experiência e ainda de quebra ouvimos o chamado para a Medina que vinha dos auto falantes e de lá de cima pudemos ver toda a gente se dirigindo para rezar. Uma experiência única.

A comida era bem gostosa e comi a Pastilla de Frango que tinha descoberto em Alhambra, na Espanha. Deliciosa!
Na volta havíamos combinado com o menino de nos encontrar na porta do restaurante para nos guiar de volta ao hotel. Ele veio com outro amigo e seguimos caminhando e ele nos contando a história da Medina, como funcionava a vida por ali, o sonho de morar na Europa e Estados Unidos etc.
Em um certo momento tivemos certeza de que estávamos sendo sequestrados porque eles deram a volta ao mundo para voltar ao nosso hotel e já estávamos meio apreensivos e imaginando rotas de fuga quando de repente avistamos o hotel! Ufa! Acho que a volta longa afinal foi para justificar a gorjeta, mas fica a dica para tomar cuidado. Toda essa supeita tem o fundamento de que no hotel sempre nos pediam para tomar muito cuidado com esse meninos, sei lá.
O mais indicado é sempre pedir para o hotel reservar o restaurante e eles mandarem alguém do para te buscar e te levar de volta como fizemos nas noites anteriores.