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Polônia| Como visitar Auschwitz saindo da Cracóvia

Auschwitz ou (Oswiecim) em polonês é uma cidade localizada a 70km da Cracóvia (leia os outros posts da Cracóvia aqui) onde fica o Campo de Concentração e Extermínio Nazista em que acorreu um dos maiores genocídios de toda a história da humanidade.

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O campo foi convertido em um Museu e é onde se encontra a melhor documentação do período no Centro de Interpretaçao do Museu Auschwitz-Birkenau. Existem duas unidades, o Auschwitz I, onde chegam todos os ônibus e onde está a bilheteria central e o Auschwitz II ou Birkenau, que você precisará pegar um táxi se quiser visitar. Ele fica a uns 15 minutos caminhando a partir do primeiro, onde você encontrará a entrada dos trens que traziam os judeus de diversas partes da Polônia e os barracões de madeira.

É bom saber que se trata de uma visita dura e sem censuras, então se você é uma pessoa sensível, as cenas lá podem te impactar fortemente.

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[/caption]Eu, pessoalmente, nunca tive vontade de conhecer um Campo de Concentração, mas quando agendamos a viagem para a Croácia, o Rogério, fez muita questão de ir até, então passei a considerar a possibilidade. Como tínhamos um dia sobrando e ir e vir é relativamente bem fácil decidi arriscar, na verdade, não sabia como me sentiria lá.

  • Ingresso

O primeiro passo é comprar o ingresso online com a maior antecedência possível, pois a entrada é super concorrida e o número de visitas é limitada por dia. Você escolhe o dia, horário e idioma em que você quer o tour.

Quando eu entrei no site para comprar, os ingressos estavam esgotados. Pesquisei muito na Internet e descobri que ainda existia uma alternativa: chegar no Museu antes das 10:00 ou depois das 15:00 quando a visita é gratuita e livre para quem não conseguiu comprar os ingressos! A única desvantagem é que essa visita é sem guia, mas como só tínhamos esse dia para visitar Auschwitz, era pegar ou largar.

O horário oficial de Dezembro-Fevereiro, quando fomos é das 8:00 às 15:00. Verifique no site o horário exato da época da sua visita, pois nos meses de verão o museu fecha às 19:00.

  • Como chegar e sair de Auschwitz

A partir da Cracóvia, é possível chegar de carro, táxi, trem ou ônibus. Nós fomos de trem. Compramos as passagens de ida da Cracóvia para Oswiecim (Auschwitz em Polonês) também com antecedência no site de trens da Polônia. O trajeto dura cerca de 1,5 hora.

Chegando na Estaçao de Trens de Auschwitz, bem na saída, você verá micro-ônibus que passam a cada 10/ 15 minutos e te deixam na porta do Museu de Auschwitz. São 5 minutos de ônibus ou 25 caminhando. Você pode ir a pé, mas como visitamos em Dezembro e fazia -1ºC não tivemos coragem.

Na volta, assim que saímos do Museu demos sorte de que ônibus que iria para a Cracóvia tinha acabado de chegar no ponto que é bem em frente à porta do Museu. Pulamos para dentro do ônibus e compramos o ingresso diretamente com o motorista. Entra gente até lotar mesmo porque levam gente de pé no corredor. Depois de 1,5 horas chegamos na Estação de ônibus da Cracóvia e como já estávamos cansados pegamos um táxi até o nosso hotel.

  • No Museu Auschwitz-Birkenau

Chegamos no Museu por volta das 13:00 e entramos diretamente na fila da bilheteria para tentar comprar os ingressos “livres”. A fila é longa e demorada porque é preciso esperar que todos sejam revistados e passem suas coisas no Raio X.

Para evitar transtornos, há um depósito de bagagens do lado esquerdo da porta de entrada. É obrigatório deixar bolsas grandes, malas ou mochilas por lá antes de entrar. Deixamos nossas mochilas e entrei somente com uma bolsinha pequena. Na verdade, eu deixei nossas mochilas no depósito enquanto o Rogério ficou na fila da bilheteria.

Passada a revista, passamos na bilheteria e ganhamos um ticket de acesso, sem nenhum custo e entramos no museu.

Visitamos muitos lugares por nossa conta e em alguns prédios seguimos algum grupo que estava com guia e não perdemos nenhum detalhe. Todos os “galpões” do Museu, além da exposição,  apresentam toda a informação e história em painéis pendurados nas paredes e assim é por todo o Campo.

Logo no início da visita passamos pela Entrada Original do Campo de Concentração rodeada por arames farpados e pelo portão principal sob a mensagem “Arbei macht frei”, o “Trabalho liberta”.

Isso porque quando os judeu embarcavam para Auschwitz, eles não sabiam que estavam indo para um Campo de Concentração, mas acreditavam estar indo trabalhar como escravos em alguma fábrica para os Nazistas. E com essa mensagem os alemães queriam que os judeus acreditassem que se trabalhassem bastante, um dia seriam libertado.

Dentro do Campo há vários galpões espalhados pelo lugar e somente 5 deles são usados como Museu. E é dentro desses galpões que você entra em contato com o que realmente acontecia por ali e com todas as atrocidades que foram cometidas.

São diversas salas com fotografias dos judeus que morreram, e pela data de chegada e morte você percebe que a média de vida era entre 6 meses e 1 ano dentro do Campo de Concentração. Devido a fome, frio e más condições, quase todos ficavam doentes muito rápido e ou morriam ou eram mortos nas câmaras de gás por já não poderem trabalhar.

Há uma coleção de roupas, sapatos, malas que os judeus traziam nos trens e que lhes eram tirados ao chegar à Auschwitz. Todos recebiam um uniforme super fino para enfrentar temperaturas negativas e um clima super húmido.

Há salas com cabelos arrancados, com os quartos que eles dormiam, com os fornos, as prisões e calabouços e as câmaras de gás. É tudo muito impressionante e impossível e sequer imaginar o medo e o sofrimento pelos qual aquelas pessoas passaram. É de cortar o coração e extremamente difícil de acreditar de como o ser humano pode ser tão cruel.

Um dos edifícios era o hospital onde o Dr. Mengele que fazia suas experiências com humanos. Eu assisti a um relato de uma judia, no Museu da Fabrica de Schindler, que sobreviveu ao Holocausto e que sofreu esses experimentos junto com sua irmã gêmea. Ela contava que diariamente elas recebiam injeções, elas tinham 15 anos na época, e que sua irmã ficou muito doente. Quando elas foram libertadas do Campo, no final da Guerra, sua irmã por toda a vida teve problemas de saúde e teve que transplantar os dois rins e o coração até que acabou morrendo.

Um dos últimos galpões era o Headquarter dos Nazistas onde no subsolo ficava um calabouço e fora um paredão de fuzilamento dos judeus.

Na saída, não tivemos vontade de visitar o Birkenau e voltamos diretamente para a Cracóvia (leia os posts aqui). Já havíamos recebido bastante informação e o clima do lugar é tão pesado que não sentimos a necessidade (e nem tivemos vontade) ver mais.

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