Europa · Porto · Portugal

Porto – Estaçao Sao Bento, Ribeira, Douro e Cavas do Vinho do Porto

Começamos o dia visitando a Igreja de Santo Ildefonso por dentro e tirando algumas fotos a luz do dia. Passeamos mais um pouco pela Rua de Santa Catarina e descemos até a Estação de São Bento, na Praça Almeida Garret, considerada a mais bonita da Europa. Inaugurada em 1916 e é mundialmente pelos seus 11.000 azulejos, na sua frente e laterais, de Jorge Colaço, mesmo autor dos azulejos da estação São Bento,  que contam a vida de Santo Ildefonso e algumas passagens do Evangelho.

Seguimos até a Estação Ferroviária de São Bento, na praça Almeida de Garret, que é condiderada a estação mais bonita do mundo. Isso por causa dos seus painéis de azulejos de 551 m2 que contam a história do país. Foi inaugurada em 1916.

Logo em frente fica a Igreja da Sé, um dos primeiros edifícios românticos-gótico portugueses, onde estão sepultados D. Dinis e D. João I: Bem na frente, há um terraço com lindas vistas da cidade.

O pátio da Igreja dá acesso, através de uma escadaria, à Ribeira, minha parte favorita da cidade.É um ótimo lugar para tirar fotos panorâmicas da cidade e da própria ribeira.

Ao atravessar a Ponte Luis I, você está em Vila Nova de Gaia, onde ficam as caves de vinho do Porto. A vista do Douro é irresistível!

O Vinho do Porto é um vinho fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas tintas provenientes da Região Demarcada do Douro, no Norte de Portugal a cerca de 100 km a leste da cidade do Porto.

O que torna o vinho do Porto diferente e ‘fortificado’, é o facto de a sua fermentação não ser completa, sendo parada numa fase inicial (dois ou três dias depois do início), através da adição de uma aguardente neutra (com cerca de 77º de álcool). Assim o vinho do Porto é um vinho naturalmente doce (pois o açúcar natural das uvas não se transforma completamente em álcool) e mais forte do que os restantes vinhos (entre 19 e 22º de álcool).

Apesar de produzida com uvas do Douro e armazenada nas caves de Vila Nova de Gaia, esta bebida alcoólica ficou conhecida como “Vinho do Porto” a partir da segunda metade do século XVII por ser exportada para todo o mundo a partir desta cidade. Vila Nova de Gaia é o local com maior concentração de álcool por metro quadrado do mundo.

São várias Caves e o difícil é escolher uma. Sugiro escolher uma grande como a Calém, Sandesman ou a Ramos Pinto para conhecer a história do vinho, visitar a cave e fazer as primeiras degustações. A partir daí as visitas são todas iguais e você pode optar por visitar as lojas, já que agora você já entende de vinho do Porto, e fazer as degustações (que são pagas por taça) de várias marcas até achar a SUA!

Agendamos a primeira visita na Sandesman, que é uma das mais tradicionais da região onde você visita a cave, conhece toda a história do vinho, os detalhes do processo de vinificação e sobre suas variedades. Em geral são três tipos: Branco, Ruby e Tawny, sendo o Ruby um pouco mais suave e às vezes mais doce que o Tawny.

A Sandesman oferece vários tipos de visita: a clássica 5€, a com prova alargada por 16€ a Visita Old Tawnies 35€ com uma prova mais completa. Nós optamos pela clássica e ‘esticamos’ as degustações diretamente no Bar da Cave, pois decidimos primeiro conhecer os vinhos e depois complementar com os que mais gostássemos. Uma das melhores degustações são a dos Rubys ou Tawnys (com três tipos de diferentes ‘idades’ de armazenamento, incluindo os Reserva). Recomendo bastante!

Em seguida fomos à loja da Quinta do Noval , que não tem cave, mas tem espaço para degustação e explicações/ recomendações feitas pelo sommelier da adega. Eles são uma das poucas caves que produzem duas variedades de Branco, o regular e o Lágrima, que é o meu preferido sem dúvidas! A degustação é paga por taça, de 2,5 € a 9,50 € (40 anos) e não precisa de agendamento prévio.

Na saída, cruzamos a ponte de volta ao Porto, propriamente dito, e escolhemos um dos restaurantes da Ribeira. Comemos um dos melhores bolinhos de bacalhau, regado a muito azeite português (extra virgem com acidez de no mínimo 0,5 – nunca mais quero outro) e vinho do Porto lágrima, meu favorito!

Subimos de volta à cidade alta e visitamos a famosa livraria Lello & Irmão – Rua das Carmelitas, 144 – que frequentada pela JK Rowling, foi inspiração para o cenário do filme Harry Potter. É uma atração rapidinha e imperdível, com suas escadas de madeira maciça e decoração neogótica vermelha. Linda!! Além disso, é considerada a terceira melhor livraria do mundo!

A Torre dos Clérigosdá pra comprar os ingressos online aqui – faz parte da Igreja dos Clérigos e tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 240 degraus. Era, na altura da sua construção, o edifício mais alto de Portugal, o que garante vistas panorâmicas lindas da cidade.

Na volta para o hotel passamos pelo Palácio da Bolsa que hoje é um espaço para concertos, musicais e reúne decoração e obras de famosos arquitetos/ pintores e escultores da Europa.

À noite voltamos para a Ribeira, meu lugar favorito na cidade, para curtir o visual da Ponte Luis I iluminada e jantar com vista para o Douro.

Tentamos jantar no Wine Quay Bar, super recomendado pelo Tripadvisor, mas estava lotado, o lugar é bem pequeno, e até estávamos dispostos a esperar, mas o garçom não nos deixou nem pedir vinho enquanto esperávamos por uma mesa, e então desistimos na hora e fomos ao Restaurante Farol da Boa Nova também no Muro dos Bacalhoeiros, 115 e não nos arrependemos.

Melhor vista do Porto e tapas deliciosas: nos esbaldamos em vinho Valpolicella, jamón ibérico, queijo da serra, vinho do porto e o melhor arroz doce português que já comi!

Na volta fomos caminhando pelas estreitas ruazinhas e paramos em um barzinho super gostoso (tinha até cobertor!) e ficamos o resto da noite tomando sangria, comendo uma legítima alheira portuguesa e ‘people watching’!

No terceiro dia fizemos um bate e volta para Santiago de Compostela e à noite voltamos à uma ruazinha – logo atrás do Muro dos Bacalhoeiros – a Rua Fonte Tuarina, onde há vários restaurantes charmosos de frutos do mar e peixes e comemos sardinhas e bacalhau incríveis no Ora Viva

 

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