Ficamos 4 noites e dois dias inteiros em Istambul porque aproveitamos uma escala da Turkish Airlines do nosso vôo à São Paulo. Na primeira parte da viagem ficamos hospedados na região de Sultanahmet, que é o centro histórico de Istambul, onde estão as atrações mais famosas.

Se você tem pouco tempo na cidade, aconselho se hospedar por aqui. Se tem mais dias faça como nós: na segunda parte da viagem (na escala da volta) nos hospedamos no outro lado do Corno de Ouro, na região de Beyoglû, onde ficam a área moderninha da cidade, como muitas lojas, restaurantes e barzinhos.

Fiz essa escolha estratégica porque na primeira parte da viagem estaríamos em Istambul em dias úteis da semana e poderia visitar sem problemas a parte histórica incluindo o Gran Bazaar que fecha aos domingos. Na segunda parte da viagem, escolhi a parte moderna de Beyoglû, porque estaríamos na cidade em um domingo e esse lado de Istambul ferve aos domingos com todas as lojas abertas além de uma vida noturna intensa com restaurantes e bares (e inclusive lojas) abertos até de madrugada.
E como nosso vôo chegava super tarde da noite e a fama dos taxistas turcos de não querer usar o taxímetro me preocupava um pouco, reservei um transfer excelente com a Safe Airport Transfer, super pontuais e com carros excelentes. Recomendo muito porque o preço sai muito melhor do que qualquer táxi e te deixa na porta do seu hotel.

Outro ponto estratégico a considerar é a localização do seu hotel, tem que estar perto do que você quer fazer para não perder seu precioso tempo em deslocamentos. Nosso hotel estava a 400 metros da Hagia Sofia, 700 metros do Gran Bazaar e a 100 metros do Hamman onde faríamos o banho turco! E gostamos bastante do Agora Life Hotel.

O hotel é sem frescuras, mas os quartos são muito confortáveis, o pessoal é atencioso e ele dispõe de um terraço incrível com vistas para a Hagia Sofia e os Estreito de Bósforo. Acordamos às 5:30 só para ver o sol nascer atrás da Hagia Sofia. Se for verão, você pode tomar café da manha no terraço.
Começamos o dia visitando a Hagia Sofia ou Ayasophia que é a terceira versão dela mesma construída no mesmo lugar.
A primeira igreja foi construída pelo Imperador Constantino, o fundador da Constantinopla – hoje Istambul, em 360. Ela foi totalmente queimada durante uma revolta por volta do ano 404. Ela foi reconstruída e destruída novamente durante a revolta de Nike em 532 no reinado do Imperador Justianiano. O mesmo a reconstruiu no mesmo lugar de 532 a 537 como o maior templo católico do mundo.
Com a conquita de Istambul pelo sultão otomano Mehmed II em 1453 ela foi convertida em Mesquita.
Ela sofreu várias reformas ao longo do império Otomano o que garantiu sua sobrevivência até hoje e lhe deu um aspecto islâmico como a presença de diversos símbolos e dos 4 minaretes na parte exterior de onde se emite o chamado para as rezas.
Constantinopla, hoje Istambul, foi construída em cima da antiga cidade grega de Bizâncio, daí vem que a Hagia Sofia é uma das maiores obras de arte bizantina, caraterizada principalmente por inúmeros moisaicos dourados. Também se vê esse estilo de arte na Igreja de São Marco em Veneza.
A mesquita é enorme, seu salão principal mede mais de 70 m2 e é todo adornado por lustres que proporcionam uma iluminação difusa, medalhões e colunas monolíticas.
Durante uma das diversas restaurações pelas que passou, se descobriu, por detrás do gesso das paredes uma série de símbolos cristão que haviam sido apagados pelos otomanos. Hoje ela é a combinação perfeita de elementos cristãos e islâmicos e, por isso, foi transformada em museu em 1935.
Bem em frente está a Mesquita Azul, a mesquita mais importante de Istambul, já que a Hagia Sofia se converteu em museu.
Ela foi construída pelo Imperador otomano Ahmed entre 1609 e 1617, ano em que foi inaugurada.
Ela tema a metade do tamanho da Hagia Sofia, mas conta com seis minaretes, mas é dentro que está o seu destaque.
Ao entrar nos deparamos com mais de 20.000 azulejos azuis que adornam a cúpula e a parte superior da mesquita. Todos eles foram trazidos da cidade de Isnik.
O chao é todos acarpetado de um vermelho intenso e a iluminaáo é indireta por conta dos seus mais de 200 vitrais!
Como esta Mesquita está em funcionamento para entrar é preciso vestir roupa adequada, tirar os sapatos e as mulheres precisam cobrir a cabeça, por isso leve um lenço com você. Outra dica é consultar os horários das preces, tanto no Google quanto na plaquinha que fica do lado de fora da mesquita, para não perder a viagem ou ter que ficar esperando duas horas para poder entrar.
Para finalizar o dia, fomos ao Palacio Topkapi, que à primeira vista nos pareceu bem sem graca em comparacao as duas mesquitas maravilhosas que tinhamos acabado de ver. mas que é um dos palacios com mais históricos do mundo.
Deste palácio os sultões governaram o Império otomano até o século XIX. O Topkapi também foi construido pelo Sultao Mehmet, logo depois da conquista de Constantinopla, e inaugurado em 1465.
Ele foi a casa de alguns outros Sultoes que governaram a Turquia até 1865 quando o então o Sultao Abdulmecid decidiu trasladar-se ao Palacio Dolmabahçe.
São mais de 700 mil m2 com 4 pátios e vários edifícios. Os destques ficam por conta do Tesouro, que conta com alguns dos objetos mais valiosos do mundo, como um diamante de 88 quialtes que pertenceu à mae de Napoleao e o punhal mais caro do mundo feito em ouro e esmeraldas, e do Harem, que precisa de uma entrada separada, onde o Sultao vivia com sua família e suas concubinas, que na verdade eram um conjunto de 500 a 800 meninas e mulheres que ali eram educadas e comandadas pela esposa do sultão. Essas meninas depois de educadas eram “apresentadas” ao sultão.
Do palácio se tem vista do estreito de Bósforo e das duas partes de Istambul: a oriental e a ocidental.
Saindo do palácio, passamos pela rua Soğuk Çeşme Sk que significa (fonte gelada em turco). Ela recebeu esse nome por conta de uma fonte de mármore que foi ali situada construída em 1800 no reinado de Selim III.
Também nessa rua há 12 casas otomanas antigas e 1 cisterna romana, completamente restauradas, encostadas na muralha da cidade (muralha do Sultao) entre o Palácio de Topkapi e a Hagia Sofia.
Caminhando no sentido de volta o hotel paramos para um chá turco no Panorama Restaurant, que também é um hotel, e que tem uma vista espetacular das duas mesquitas: a Hagia Sofia e a Mesquita Azul e do Corno de Ouro no Estreito de Bósforo.