Visitamos Bilbao como parte da nossa rota pelo Norte da Espanha, assim como San Sebastian, Santander e Santiago de Compostela. Bilbao é uma das cidades mais importantes e mais modernas do País Vasco. Surgiu como uma vila há mais de 700 anos ao longo do rio, formada em sua maioria por mineiros, pescadores, comerciantes e portuários.
Os comerciantes e os empresários dedicados ao tráfico portuário viviam na margem direita do rio, no Centro Histórico, que na época era amuralhado e formado for 3 ruas paralelas que logo viraram 7. Logo derrubaram a muralha e essas ruazinhas ficaram conhecidas como as “Sete ruas” e sao um ponto turístico da cidade.


Desde 1979 essa zona é toda peatonal e reúne dezenas de lojas, restaurantes e bares de pintxos, a comida típica por excelência do País Vasco que consiste em uma fatia de pao, com uma porçao em cima e atravessada por um palito de madeira – um pintxo.


Começamos nosso passeio pelo Museu Guggenheim onde encontramos, por sorte, vaga para estacionar na rua com parquímetro. O Museu Guggenheim é o símbolo da transformaçao da cidade, da “Nova Bilbao”, que começou a ocorrer no final do século XX, por conta da Revoluçao Industrial.




Desenhado por Frank Gehry, a construçao do edifío metálico do Guggenheim, veio junto com a transformaçao ambiental e urbanística da cidade com a recuperaçao da Ría (riacho) e o saneamento de suas águas. Essa área é hoje uma das mais valorizadas da Europa, contando com muito edifícios de arquitetos famosos como Norman Foster e Santiago Calatrava.



O Museu Guggenheim de Bilbao tem muitas exposiçoes itinerantes no próprio átrio e alguns destaques como Mark Rothko, Richard Serra, o incrível cachorro de folhas e flores e as tulipas de Jeff Koons e a aranha gigante de Louise Bourgeois. O interessante é que a maioria dessas obras está na parte de fora do museu e já dá pra curtir muitas coisa sem nem ao menos ter que entrar.






Além disso, ao longo dos últimos 25 anos Bilbao foi mudando seu perfil industrial e reabilitando áreas emblemáticas da cidade. Um dos grandes logros foi a recuperaçao do seu Centro histórico depois das inundaçoes de 1983, que o destruiu por completo, além da construção de novas pontes, linhas de metrô e tranvias e do aeroporto.



A partir do Museu Guggenheim caminhamos pela rua Mazarredo Zumarkalea até a Plaza Museo onde está o Museu de Belas Artes de Bilbao. O museu original foi unaugurado em 1914 e esse novo edifício, de estilo neo clássico foi construído logo após da Guerra Civil.



O museu/ pinacoteca abriga diversas obras mestras que podem ser observados na sua página web. As que eu mais gostei foram, em sentido horário: Cena de conversaçao com Ernest Hemmingway e Duñabeitia , Sao Francisco meditando de joelhos (El Greco), Lamentaçao sobre o Cristo Morto (Anton van Dick) e Mulher sentada com criança nos braços (Mary Cassat).




Pegamos o tranvía até o Centro Histórico e descemos em frente ao Teatro Arriaga, inspirado na Ópera de Paris e que traz a tona o passado rico da cidade.



Pela Calle Bidebarrieta entramos no centro histórico com suas ruazinhas pequenas tomadas por lojinhas e restaurantes. Chegamos à Plaza Barria, uma área de bares de pintxos e por ali ficamos. Pulamos de bar em bar experimentando um pouco de cada um.





Dali pela própria Calle Bidebarrieta chegamos à Plaza e Catedral de Santiago, a principal de Bilbao, do século XIX. Da época em que o ferro, ali forjado, era enviado para Castilla.
Depois de visitar a Catedral saímos pela porta do pórtico e entramos nas “Siete Calles” ou Sete Ruas: Somera, Artecalle, Tendería, Belosticalle, Carnicería Vieja, Barrenkale e Barrenkale Barrena. Aqui nasceu Bilbao. Passeamos e nos perdemos pelos seus catinhos.


As “Siete Calles” nos levaram de novo à margem da Ría (riacho) onde há uma passarela peatonal, a “Puente de la Ribera” que leva à Bilbao la Vieja, onde fica o Mercado de la Ribera. Pegamos o tranvia de volta ao Guggenheim, onde havíamos deixado o carro e fomos rumo ao nosso AirBnB.

